segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Rosa do Mundo Perdido

Repentinamente, a rosa vermelha caiu sobre o mogno escuro do solo do meu pensamento. Regelou um qualquer gesto que pudesse dar naturalmente. Reprimiu qualquer palavra que viesse a ser soltada pelos meus lábios. Perdeu-se no vazio da minha alma. Portentosa, atraiu-me pela sua magnificente cor e ciência. Assustou-me corporalmente com os seus espinhos aguçados e ideais, provocando feridas interiores irremediáveis.

Tal acontecimento, passado no auge da minha vida, desempenhou o presságio mais inesperado de todo o meu caminho. Anunciado pelos ventos de leste do pensamento alheio, gerado por um Deus eternamente triste e desconhecido pela minha mente. Foi, assim, que a minha atmosfera humana aluiu, consequência da maldade daquele ser que vagueava só, absorvente do que de melhor havia no meu mar de sentimentos.

Porém, após desabar o meu mundo, esse ser, anteriormente, desprezível apresentava-se, agora, de espírito retraído, com capacidade para eliminar a maldade crescente nos Homens e implementar, no mundo, a paz dos inocentes.
13 de Março de 2010

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