sábado, 24 de julho de 2010

Os comboios, as paragens e as bagagens intemporais

Um dia, enquanto esperava pelo comboio da vida, o meu pensamento encontrou as letras que construíram as palavras de que necessitava para definir o meu futuro. Foi, exactamente, na gaveta das minhas recordações que alcancei a inspiração necessária para as frases lentamente edificadas por mim.
Recordo-me do esforço racional feito para anteceder a chegada das carruagens de decisões, com as quais partiria em busca de um destino indefinido. Ainda, hoje, após algumas viagens nesse comboio incerto, carregado de ilusões e de algumas experiências positivas, anseio pelo caminho certo. Desejo a chegada da carruagem que me leve a um local seguro onde me possa proteger do perigo que envolve a vida. Depois, nas horas mortiças, passeio-me lentamento pelas lajes daquela estação, esperando pelo bilhete derradeiro. Divago no emanranhamento singular de indecisões que vagueiam dentro do meu espírito inquieto.
Imagino e edifico raciocínios sobre o que será de mim daqui a uns anos, após milhas de viagens.
20 de Março de 2010

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