sexta-feira, 23 de julho de 2010

Não sei o que será o meu amanhã

Resta-me, ainda assim, a espontâneadade de cada gesto dado. As notas soltas pelo instrumento desafinado. Os conselhos de velhos amigos. O apoio de familiares. Os prenúncios de quem os sabe. O modo desalinhado do meu cabelo. O toque das minhas mãos sobre a madeira antiga da cómoda do meu quarto. A amizade e o carinho dos meus peluches de criança. Os carimbos guardados na gaveta do roupeiro. A caixa de recordações simbólicas.
Só pedia meia dúzia de palavras, três ou quatro moedas pequenas, um chapéu à moda antiga, um laço cor-de-rosa, umas quantas expressões meigas, uma cabana junto ao mar e umas gotas de felicidade.
O resto é silêncio e estes são os meus devaneios.
27 de Fevereiro de 2010

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