sexta-feira, 23 de julho de 2010

A dimensão do nosso mundo

As pétalas vermelhas guardadas no fundo da tua alma começaram a cair sobre a pedra branca. Reconfortaram-te o espírito desconcertado. Alinharam-se para que as pudesses pisar e sentir a sua textura macia. As tuas mãos recolheram o que restava aquela sala, vazia em sentimento. A tua mente divagara, por momentos, sobre o que estava certo ou errado. O futuro, esse mistério, seria incerto.
Eis que chegou o momento de virar a página do livro que nunca acabaste. Eis que o ciclo vicioso cessou e, com ele, se fecharam as janelas e as portas envidraçadas do teu mundo passado, frio e distante, agora, ausente. Há que saber terminar o que um dia se iniciou. Porém, sabemos que a despedida poderá causar a ferida eterna, cuja a dor se atenuará com a força bruta dos ventos temporais.
Certamente será melhor abandonar o passado que transportá-lo connosco injustificadamente. Mas há que separar as águas e saber com ciência o que elas representam. Porque nada é certo e a vivência entre a Humanidade também não.
30 de Maio de 2010

Sem comentários:

Enviar um comentário