sábado, 2 de julho de 2011

Não importa quem somos, importa sim agir como queremos. Dizer o sim à vida. Assinalar os locais que nos marcaram. Cruzar os momentos e os sorrisos daqueles que nos são mais próximos. Deixar para atrás o que nos magoou. Aprender com os erros cometidos. Sorrir perante aquilo que temos. Apontar o dedo ao nosso "eu" e à nossa "felicidade". Vingar naquilo que pretendemos. Trilhar. Agir com o coração e deixar a razão algures no pensamento profundo. Voar nas asas do vento para aquilo que desejamos. Um dia voltaremos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Às vezes é preciso andar às cegas no vazio da nossa alma. Procurar o que não se pode tocar com as pontas os dedos. Divagar no horizonte dos mais profundos sentimentos. Desejar e transpor barreiras de cristal. Sonhar e caminhar. Descobrir e viver.

sábado, 23 de abril de 2011

Às vezes mais vale desejar do que ter. Porque ter nem sempre induz na felicidade. E quando se tem o que se pretende, perde-se, de facto, a expectativa e a vontade de ter isto e passa-se a ter a vontade de ter aquilo. Estagnar é melhor, neste âmbito de desejo constante e ambivalente. Ter muito sem se desejar cria infelicidade e ter pouco igualmente. O melhor é colocar na balança o que se quer realmente, equilibrar a expectativa e a ansiedade. Abandonar ou agarrar.


A Magia do Silêncio

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A vivência

Aconteça o que acontecer. Venha o que vier, de bom ou de mau. Tentei... fazendo o melhor que sabia num tempo limitado. Fica essa certeza, ou, talvez, essa leve ilusão. Essa profunda sensação de que não desisti meramente, de que lutei por algo melhor. Não me limitei a ficar estática. Não quero saber de mais nada, nem sequer de futuras consequências. Quero simplesmente adormecer no meu cansaço... consequente deste ritmo avassalador. Esquecer o que foi inútil ou sem nexo. Arranjar uma forma de melhorar os erros que cometi. Que não foram voluntários, antes esforçados e resultado de muita persistência. Quero perder-me na vivência da minha vida, ser uma pessoa melhor. Quero colocar os pés no chão do meu mundo, novamente. Caminhar firme perante esta terra que é minha e que me pertence por direito. Repensar, mais tarde, na estrada do nosso mundo. Reflectir. Virar à esquerda ou à direita. Ou simplesmente ir em frente. Sentir, simultâneamente, com o meu motor sensorial. Que me acompanha e, às vezes, me protege. Acareciar o que aprendi e incorporar. Constituir o meu projecto de vida. O meu manual de instruções pessoal projectado a médio longo prazo.

Espero ainda ir a tempo de conseguir.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

De pernas para o ar

A sabedoria e a dedicação. A delicadeza de uns ou a agressividade de outros. O toque suave ou o valente empurrão voluntário. As sensações emocionais ou o racionalismo pressionado . O girar da Terra em torno do Sol ou a permanência estática dos seres inanimados. O passar do tempo, o envelhecimento, as experiências, as boas ou, simplesmente, as más palavras. As adversidades e os obstáculos, mas também as vitórias e as alegrias.
Há aqueles dias em que temos o nosso mundo de pernas para o ar, em que nos falta o chão, a vontade de acreditar em nós próprios. Em que nos faltam as certezas e as boas energias. Em que nos falta o ar. Em que não existem estradas, nem sinais de trânsito, nem sequer sentidos únicos. Em que tudo se resumo à confusão, à barafunda, à sede de vencer (sem rumo, nem estratégia). Onde tudo o que fazemos parece ser inútil.
Há aqueles dias em que nos queremos esconder da vida, cobrir o tempo com um pano preto.
Hoje é um desses dias.

domingo, 30 de janeiro de 2011

É isso mesmo.

É de esperança e de força que preciso. É de calma e de inspiração. É de muita paciência e de força de vontade. É de acreditar em mim. É de alcançar a coragem e de atingir o momento exacto do ponto de viragem. Atingir o desfecho certo. Subir ao degrau derradeiro daquelas escadas, em vez de chamar o elevador. Apoiar-me na circunstância necessária. Fechar com o coração o que a mente não quer. Abrir com as palavras novos rumos, novas vitórias, ou, simplesmente, aprender lições. Cobrir com alegria os maus pensamentos. Desligar-me de energias negativas e repressivas. Rebuscar sentada o que há a fazer. Silenciar no meu mundo. É isso mesmo, só isso.

Adeus, meu velho amigo.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Somente, assim.

Fechar os olhos, sentir com toda a força o que o mundo exterior nos pode dar. Levantar os Braços. Iniciar o que se pensou nunca sequer começar. Colocar as nossas mãos sobre o que desejamos. Trabalhar com esse objectivo único. Ouvir os bons conselhos alheios e analisá-los. Nunca desistir. Mover-me sem parar. Respirar fundo. Escrever até me cansar, com o espírito aberto e sem preconceitos inúteis. Raciocinar. Achar até nas coisas tristes, uma pinga doce de felicidade. Abrir os bolsos ao que o Céu Azul e a Natureza tiverem para me oferecer. Reflectir nas folhas brancas da memória sobre o que um dia se viveu, porque se quis e se lutou para isso. Não permanecer estática, nem iludida pelo que um dia não se ganhou, ou até se perdeu. Silenciar o que se pensa. Saborear cada derrota, ou cada vitória e aprender com elas a derradeira lição. O Futuro é incerto e eu vou lutar pelo melhor para mim.
Somente, assim. Viver.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ganhar forças

Deparo-me com a dificuldade excessiva de arranjar força onde ela parece não existir. É como pegar num saco roto e procurar o que se perdeu inconscientemente e sem se querer. Pegar no carro e conduzir sem rumo ao destino certo, embora se sinta a certeza de lá chegar. Como não sei. Encontrar aquilo que nunca se viu e que nunca se quis ver. Apenas porque não. Dizer adeus e logo a seguir dizer um olá. Simplesmente, descansar no meio termo. Dormir sobre a esperança. Acordar e esfregar os olhos pela manhã e tomar o pequeno-almoço descansado. Mas não, ainda é cedo, muito cedo para isso. Certezas não tenho. Convicções tenho algumas.

Após a hora de almoço ir-me-ei sentar de armas e bagagens na minha secretária e absorver o máximo que os livros e apontamentos tiverem para me oferecer. Exercitar. Mas... sinto-me cansada de todo este ritmo ameaçador. Absorvida por demasiados sentimentos, de raiva, de desânimo. E o que fazer quando o nosso cérebro contraria o trabalho necessário e obrigatório?
Não sei. Só sei que nada sei.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Remeter-me ao silêncio

Há já alguns dias que tenho a minha essência triste. As luzes apagaram-se. O frio assolou o meu organismo frágil. O tecto desabou. Agora revejo-me destruída e abandonada de mim, para mim. Os resultados cortaram aos bocadinhos as folhas da esperança que ainda existiam cá dentro. As lágrimas caem entretanto, enchendo de água salgada o meu rosto doce, cansado e desiludido. O sofá, a televisão e o computador tornaram-se, de repente, os meus amigos mais íntimos, os meus conselheiros mudos, a minha companhia mais desejada. As roupas, os acessórios, o consumo... já nada disso me anima, nem sequer alivia o que sinto. Perdi, perdi, perdi... a felicidade que permanecia no bolso do meu casaco de veludo azul. Esvaziou-se. Perdeu-se no vazio do meu mundo. Hoje esse sentimento benigno foi trocado pela infelicidade frustrada de não alcançar o que desejara, com todas as minhas forças. Choro, porque me faz bem. Choro, porque alivia a dor que o meu corpo sente, que a minha mente reflecte no meu rosto. Quero esquecer, mas não consigo. Quero enganar-me e iludir-me inutilmente, mas também não consigo. Quero simplesmente desaparecer. Mas não posso. Resta-me, somente, ganhar uma réstia de esperança, uma migalha de força daquela antiga que me era característica. Resta-me esperar por dias melhores. Nada nesta vida é eterno.


Seguir em frente é o caminho. Adeus, meu silêncio.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Bom Ano a Todos

É o peso dos anos que nos faz ver a vida de outra forma, são aqueles pequenos e breves momentos em que sorrimos quando tinhamos vontade de chorar ou quando simplesmente disfarçamos o choro a sorrir que nos faz aprender a conviver com o passar do tempo, com a riqueza de experiências, emoções, feitios distintos, estados de espírito. Viver os anos de mente aberta nem sempre é fácil, as rugas do conhecimento acumulam-se, mas as outras também, aquelas a que chamamos de expressão e que queremos disfarçar porque nos tornam (menos) bonitos.
São as nódoas daquele sofá que nunca saíram que nos fazem recordar que um dia estivemos ali para fazer alguma coisa (mesmo que não tenha sido positiva). Porque tal como as rugas, as nódoas da vida também podem ser boas, dependendo a lição de que delas retirarmos. E as melhores, de entre as ditas nódoas, são as fortes e feias, aquelas que nos fazem recordar que um dia vivemos verdadeiramente para agir física e plenamente. Tal como aquela cicatriz nos joelhos que um dia foi gerada, há muito tempo, enquanto brincava a andar de bicicleta (quando ainda não me equilibrava). E é hoje a olhar para ela que me lembro que um dia fui criança, que um dia fui pequena, que hoje sou adulta, que amanhã serei sábia.

É este motivo peculiar que torna especial o passar do tempo, dos anos.