quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Bom Ano a Todos

É o peso dos anos que nos faz ver a vida de outra forma, são aqueles pequenos e breves momentos em que sorrimos quando tinhamos vontade de chorar ou quando simplesmente disfarçamos o choro a sorrir que nos faz aprender a conviver com o passar do tempo, com a riqueza de experiências, emoções, feitios distintos, estados de espírito. Viver os anos de mente aberta nem sempre é fácil, as rugas do conhecimento acumulam-se, mas as outras também, aquelas a que chamamos de expressão e que queremos disfarçar porque nos tornam (menos) bonitos.
São as nódoas daquele sofá que nunca saíram que nos fazem recordar que um dia estivemos ali para fazer alguma coisa (mesmo que não tenha sido positiva). Porque tal como as rugas, as nódoas da vida também podem ser boas, dependendo a lição de que delas retirarmos. E as melhores, de entre as ditas nódoas, são as fortes e feias, aquelas que nos fazem recordar que um dia vivemos verdadeiramente para agir física e plenamente. Tal como aquela cicatriz nos joelhos que um dia foi gerada, há muito tempo, enquanto brincava a andar de bicicleta (quando ainda não me equilibrava). E é hoje a olhar para ela que me lembro que um dia fui criança, que um dia fui pequena, que hoje sou adulta, que amanhã serei sábia.

É este motivo peculiar que torna especial o passar do tempo, dos anos.

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