sexta-feira, 16 de abril de 2010

O não poder agir...

De quem mais nada tem ou pode ter.
As lágrimas começaram a correr pelo meu rosto, alagando por completo o meu coração cansado, enchendo-o de mágoa e de uma tristeza crescente. A pulsação acelerou-se. O medo preencheu o meu rosto apreensivo. O sangue caiu sobre o chão da eternidade e com ele a vida perdeu o rumo mortal. A dor acentuou-se perdidamente num corpo fragilizado. O frio entranhou-se.
Permaneci, assim, sentada, prostrada e profundamente revoltada com o que a vida me trouxe. Divaguei, inutilmente, no momento. Revivi um emanharamento de pensamentos e de emoções desprezíveis. Reclamei comigo mesma pelo que fiz e pelo que não farei num futuro já não inexorável à minha existência. Constatei que a distância entre mim e a solidão se estreitou definitivamente, permitindo a junção perfeita da tristeza negra e dos sentimentos escuros distantes da vida passada.
Até um dia.

2 comentários:

  1. Bolas, tu escreves coisas que dão que pensar.
    És mesmo assim... triste, ou é apenas (apenas, não) poesia?
    Tanta solidão, tanta recriminação... não acredito (hoje é a minha vez lol).
    Bjos.

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  2. E que bem tu consegues expressar tais sentimentos...
    Porque sentir, todos sentimos, de vez em quando, que a vida não vale nada e apetece-nos desligar... tantas vezes que gostava de ter um botão e desligar... não sei é expressar-me como tu.
    Bjps.

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